Reforma tributária fica mais distante sem CPMF, avalia Casagrande

 O líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), acredita que será difícil aprovar a reforma tributária sem a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

"Na minha avaliação, da minha responsabilidade essa avaliação, eu vejo que a reforma tributária ficou num ponto muito mais distante do que ela está. Se já era difícil fazer a reforma tributária com a CPMF, sem a CPMF a reforma tributária fica mais distante", afirmou Casagrande.

O senador argumenta que, para fazer a reforma, a União terá que compensar estados e municípios que perderão recursos com as mudanças. "Uma reforma tributária sempre exige do governo central uma compensação financeira para estados e municípios que vão perder recursos com mudanças de local de cobrança de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços], a junção de alíquotas. Então há sempre estados e municípios que saem perdendo", afirmou.

Para Casagrande, a reforma não será votada no início do ano que vem. "Não acredito que vamos conseguir votá-la ou iniciar a sua votação logo nos primeiros momentos do ano de 2008". O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse na última sexta-feira (14), que vai trabalhar para que a reforma tributária seja votada no primeiro semestre de 2008. 

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