Doze assaltantes fizeram 153 reféns, entre clientes e funcionários, em uma joalheria na Sé, região central de São Paulo, no fim da manhã desta terça-feira, 15. As vítimas foram liberadas por volta de 13h45, e quatro criminosos foram detidos pela Polícia Militar e levados ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na região do Carandiru, zona norte da capital.

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Por volta das 11h40, 12 homens entraram na loja, localizada na Rua Barão de Paranapiacaba, anunciaram o assalto e pegaram caixas com joias de ouro. Um grupo desceu primeiro do estabelecimento enquanto dois continuavam roubando objetos.

A polícia chegou e conseguiu prender dois do grupo que saiu primeiro. Os dois últimos cruzaram com os policiais quando fugiam, dispararam duas vezes, mas não acertaram ninguém. A dupla, então, refugiou-se na loja e fez os clientes e funcionários de reféns.

Depois dos dois tiros, o policiamento isolou a área e esperou a chegada do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), que foi quem negociou a rendição dos criminosos. Os dois exigiam um colete à prova de balas da polícia. Para deixar o local, eles fizeram 10 reféns como escudo humano e obrigaram o grupo a abraçá-los enquanto saíam e se entregavam.

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Segundo o comandante da Tropa de Choque, o tenente-coronel Nivaldo Restivo, os criminosos aparentavam ser maiores de idade. Três pistolas foram apreendidas.

Os estabelecimentos vizinhos fecharam as portas após os tiros. Pelo menos um idoso deixou a loja com ferimentos sem gravidade. A PM ainda não divulgou quantas pessoas ficaram machucadas.

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“Minha mãe e minha irmã me ligaram, disseram que eram feitas reféns e que os bandidos queriam a mídia”, relatou Elen Lourenço, que se deslocou do serviço na Avenida Brigadeiro Faria Lima, na região oeste, até a Sé.

A joalheria, com mais de 40 anos de mercado, ocupa um andar inteiro do prédio. Segundo lojistas da região – uma das mais movimentadas do centro de São Paulo -, o estabelecimento nunca havia sofrido tentativa de assalto antes e tem câmeras de segurança.

Além de agentes da PM e do Gate, viaturas do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foram deslocados ao local.