Foto: João de Noronha/O Estado

 A evasão na UFPR diminuiu consideravelmente.

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O Censo da Educação Superior 2004, divulgado ontem pelo Ministério da Educação, revela que a evasão está diminuindo nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). De 2001 até 2004, subiu 34% o número que estudantes que terminam o curso superior, enquanto o número de alunos que ingressam nestas instituições se manteve estável. Outro dado positivo é que o número de matrículas nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) subiram 55% desde o início da década. No Paraná, o aumento foi de 40.14%. Por outro lado, o censo revelou também que no ano passado muitas vagas ofertadas no ensino superior não foram preenchidas. Das 2,3 milhões oferecidas, 1,01 milhão (43,8%) não foram ocupadas em todo o País.

Para Reynaldo Fernandes, presidente do órgão que fez a pesquisa, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os números podem refletir uma diminuição na taxa de evasão do ensino superior, pelo menos nas instituições públicas. "Essa idéia parece ser a mais forte indicação nesse momento", explicou.

O dado se confirma no Estado. A evasão na Universidade Federal do Paraná (UFPR) diminuiu consideravelmente. Segundo o reitor, Carlos Augusto Moreira Júnior, até pouco tempo entravam na instituição cerca de 4 mil alunos todos os anos, mas se formavam apenas 2.600. Agora os dois números estão bem próximos. "Adotamos uma série de medidas de combate à evasão", explica o reitor. Entre elas, o programa de ocupação de vagas remanescentes implantado em 2003. As vagas ociosas na universidade são preenchidas através de um processo seletivo.

A pesquisa revelou também que houve um aumento no número de matrículas nas IES em todo o País. Mas a maioria dos estudantes se concentra nas instituições privadas. Em 2004, 4.163.733 alunos foram matriculados, sendo 1.178.328 no setor público ( 28,3%) e 2.985.405 no setor privado (71,7%). No Paraná, também houve um aumento nas matrículas, de 208.382 foi para 292.018.

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Outro dado que chama a atenção é que a maior parte dos alunos nas instituições privadas se concentra no período noturno, 68%, e nas públicas 63% estão no diurno. O demostra que as privadas oferecem mais vagas para os estudantes que precisam trabalhar do que as públicas.

O censo revelou também que no Brasil há 18.644 cursos superiores, sendo 6.284 na rede pública (33,7%) e 12.630 na rede privada (66,3%). 

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