Recuperação judicial cresce 229% no 1º trimestre

O número de empresas que foram à Justiça pedir recuperação judicial (antiga concordata) no primeiro trimestre deste ano mais que triplicou no País em relação a igual período de 2008. De acordo com levantamento da empresa de informações financeiras Serasa Experian, 211 empresas entraram com pedido de recuperação judicial no últimos três meses, ante 64 pedidos nos primeiros três meses do ano passado, o que representa um salto de 229%.

Com a escassez de crédito e a falta de capital de giro, decorrente da retração da demanda, as empresas enfrentam cada vez mais dificuldades para receber de clientes e pagar credores bancários e fornecedores. Para fugir da falência, os empresários recorrem à recuperação judicial.

Só no mês passado, foram apresentados 76 pedidos de recuperação, quantidade 153% superior à registrada em março do ano passado (30). Os números, no entanto, mostram uma desaceleração no ritmo de crescimento desses pedidos. Em janeiro, a taxa foi de 399,3% e, no mês seguinte, baixou para 221%.

“Ainda é muito cedo para dizer que essa desaceleração é uma tendência”, afirma Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa. “A gente sabe que o primeiro semestre deverá ser o período mais crítico da crise, e a expectativa é de que haja um processo de recuperação do terceiro para o quarto trimestre”. A recuperação judicial é a última cartada de muitas empresas descapitalizadas e endividadas. Antes, elas procuram consultorias e escritórios de advocacia especializados em salvar companhias.

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