O trânsito nas imediações da esquina das ruas João Paulo I e Joaquim Palhares, no Estácio, no centro, foi interditado às 20h04 para a reprodução simulada das mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, que está marcada para começar às 22h desta quinta-feira, 10. A imprensa recebeu ordens para se postar atrás das grades de proteção colocadas na rua, num ponto que não permite a visão do local do crime. Para impedir definitivamente que o trabalho de reconstituição seja filmado ou fotografado, foram instaladas lonas pretas que tapam totalmente a área. O uso de drones também foi proibido. Mesmo o trânsito de moradores será restrito enquanto durar a simulação.

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A polícia explicou que as medidas de segurança são necessárias porque, durante a reconstituição do crime serão usadas armas e munições de verdade. Sacos de areia foram dispostos para conter os disparos. O objetivo é fazer com que quatro testemunhas que ouviram os tiros (entre elas pessoas que estavam no local na hora do crime e a assessora que viajava ao lado de Marielle, no banco de trás, e sobreviveu ao ataque) consigam reconhecer os tipos de disparos. O som de uma rajada de tiros, por exemplo, pode confirmar o uso de uma submetralhadora. O modelo da arma, a distância do assassino e o ângulo em que os tiros foram disparados são algumas das informações que os policiais da Divisão de Homicídios pretendem obter.

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Um Gol branco foi levado ao local pela Polícia Civil para se passar pelo veículo em que Marielle estava no momento da execução. Os investigadores vão reproduzir o percurso feito por Marielle, desde a chegada dela à Casa das Pretas, na Lapa, até o local onde foi morta, no dia 14 de março.