Recompensa por Abadía pode ficar com a Polícia Federal

O governo americano vai analisar as circunstâncias que levaram à prisão do traficante Juan Carlos Ramirez Abadía, para determinar se a Polícia Federal (PF) do Brasil merece receber a recompensa. O Departamento de Estado Americano (DEA) estava oferecendo até US$ 5 milhões pela captura do criminoso. ?Da forma em que o programa de recompensas funciona, indivíduos precisam ser indicados para o prêmio e a indicação é avaliada posteriormente por um comitê, para verificar se uma recompensa seria justificada?, disse ontem Tom Casey, porta-voz adjunto do Departamento de Estado.

Autoridades americanas vão verificar ainda se a prisão resultou de um esforço de inteligência dos EUA, caso em que não haveria recompensa, ou de mérito exclusivo da polícia brasileira. A PF, por sua vez, informou que não vai reivindicar o prêmio. ?Não somos caçadores de recompensa, cumprimos nossa obrigação por dever de ofício?, disse o delegado Getúlio Bezerra, diretor de Combate ao Crime Organizado. ?Mas se eles, num gesto de boa vontade, quiserem mandar o dinheiro, ele será bem empregado no combate ao crime organizado.? De modo geral, segundo Bezerra, recompensas desse tipo são pagas em caso de delação particular.

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