A atividade de reciclagem de plásticos movimentou R$ 1,8 bilhão no Brasil em 2007, segundo dados divulgados hoje pela Plastivida. O setor é composto por 780 empresas, responsáveis pela reciclagem de 962,5 mil toneladas e por gerar 20 mil vagas diretas de trabalho. A pesquisa foi encomendada pela Plastivida à consultoria MaxiQuim, que adotou metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os principais consumidores de plásticos reciclados no ano passado foram empresas do segmento de bens semiduráveis, fabricantes de itens como utilidades domésticas, brinquedos, descartáveis, limpeza doméstica, calçados, têxteis e acessórios. Esses setores responderam por 52,3% do consumo de plásticos reciclados no ano passado. Em seguida aparecem os segmentos de bens de consumo duráveis (18,7%), construção civil (11,9%), agropecuária (9,6%) e outras aplicações (7,5%).
O consumo aparente de transformados plásticos no ano passado totalizou 4,95 milhões de toneladas, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). O indicador considera a produção nacional, excluídas as exportações, somada às importações. A receita do setor atingiu R$ 36,5 bilhões.
Desde 2003, o volume de plásticos reciclados por ano cresceu 36,9%, destaca a Plastivida. Naquele ano, a reciclagem de plásticos havia somado 702,997 mil toneladas. O faturamento do setor teve alta de 50% em igual comparação, ao sair de uma base de R$ 1,2 bilhão.
A atividade está concentrada principalmente na Região Sudeste, onde estão localizadas 464 empresas, ou quase 60% do total. O número de estabelecimentos paulistas se aproxima da marca nacional registrada em 2003, quando todo o País tinha 492 recicladoras em operação. Os quatro Estados da Região Sudeste reciclaram 577,5 mil toneladas no ano passado. Em seguida aparecem as Regiões Sul (240,6 mil toneladas), Nordeste (115,5 mil toneladas), Centro-Oeste (19,2 mil toneladas) e Norte (9,6 mil toneladas).