Brasília (ABr) – O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse ontem que ainda não é candidato à reeleição. Para o deputado, ainda há muito tempo para que um conjunto de partidos ?abracem uma candidatura?, mesmo que não seja a dele. ?Não é um projeto pessoal (a candidatura). A presidência da Câmara exige um projeto para o Poder Legislativo, para a própria Câmara, para o País?, disse. ?Vou examinar. Sempre há tempo para lançar candidaturas. Isso não significa que tenha que haver precipitação?, afirmou em entrevista, antes de participar da abertura de um seminário no auditório da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, no Rio.
Sobre informações de que a candidatura do líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), à presidência da Câmara é incentivada pelo ex-ministro José Dirceu, Rebelo afirmou que seria ?legítimo? que ele tentasse influenciar na vida do seu partido.
Orçamento
Rebelo disse acreditar que o Orçamento de 2007 será votado antes do prazo determinado, que é 22 de dezembro. Ele disse não conhecer qualquer movimento de deputados para atrasar a votação sem a liberação dos recursos das emendas de 2006. ?Creio que a comissão de Orçamento seguirá o seu ritmo. Já avançou na discussão e indicou os relatores setoriais. Acho que teremos condições de cumprir o calendário?, afirmou.
No Senado
O Senado poderá votar nesta semana o fim da reeleição para chefes do Executivo – presidente da República, governadores e prefeitos. Existem diversas propostas sobre o tema e os parlamentares ainda devem discutir um acordo para chegar ao texto final.
Antes de apreciar a matéria, porém, os senadores precisam liberar a pauta, que está trancada por três medidas provisórias. A primeira, que causou polêmica na Câmara, reajusta em 5,01% salário de aponsentados e pensionistas da Previdência Social.
Deputados de oposição queriam um aumento maior, de 16,6%, mas foram derrotados por 184 a 158 votos.
Na fila de votações estão ainda a MP que amplica o número de beneficiários de dívidas rurais e a que abre crédito extraordinário de R$ 858 milhões para a Presidência da República, para os Ministérios da Educação, da Justiça, das Relações Exteriores e da Defesa e para operações de crédito de programas oficiais. Também está na pauta proposta de emenda à Constituição que obriga o presidente da República a comparecer anualmente no Congresso Nacional.
Hoje, a Comissão de Assuntos Econômicos poderá votar o projeto de lei que institui a Secretaria da Receita Federal do Brasil, conhecida como Super-Receita.
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