Porto Alegre ? A rebelião na Penitenciária Industrial de Caxias do Sul, encerrada na madrugada de ontem, deixou sete presos e um policial feridos. Os cerca de 200 amotinados exigiam transferência para outras casas de detenção de região e tomaram como reféns outros presidiários, contrários à remoção. Também protestavam contra a superlotação da penitenciária, que tem capacidade para 270 pessoas e abrigava 652.

Parte da primeira reivindicação foi atendida durante a quinta-feira, quando a Superintendência dos Serviços Penitenciários retirou 13 presos de Caxias do Sul para encaminhá-los a outras comarcas da Serra. Ao longo do dia, os detentos do pavilhão C, onde ocorreram os confrontos, ficaram no pátio da penitenciária, enquanto as instalações eram revistadas.

A rebelião de presos começou logo depois do encerramento do horário de visitas, às 16h de quarta-feira, e prolongou-se até a madrugada de quinta-feira. Por volta da meia-noite, diante do fracasso das negociações, a Brigada Militar tentou invadir o pavilhão C e chegou a disparar balas de borracha e a usar bombas de gás lacrimogêneo. Mas foi rechaçada por uma barreira de fogo que os detentos armaram com a queima dos colchões. As negociações recomeçaram meia hora depois e os presos desistiram da rebelião.

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