A rebelião no Presídio de Serrinha (BA), 173 quilômetros a noroeste de Salvador, já ultrapassa 30 horas sem que as negociações avancem. Vinte e cinco presos da unidade, destinada a detentos considerados perigosos, mantêm três reféns desde as 8h50 de ontem (horário de Brasília). Eles integram o grupo dos ameaçados de morte, segundo a administração do presídio. Outro preso que era mantido refém, Joselito Alves da Silva, foi assassinado na manhã de ontem.
Os rebelados reivindicam a transferência de 14 deles para presídios de Salvador. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, eles integrariam a quadrilha de Cláudio Campanha, apontado como chefe de um grupo de traficantes de drogas da capital, que foi transferido para o Presídio Federal de Campo Grande (MS) em setembro do ano passado.
Por causa da transferência, integrantes da quadrilha praticaram uma série de atos de vandalismo em Salvador, destruindo postos policiais e ônibus. A série de ataques motivou a transferência dos 14 presos para Serrinha, presídio considerado de segurança máxima na Bahia.
No fim da manhã, tiros foram disparados de dentro da unidade, mas não houve confirmação de feridos. No início da tarde, o secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia, Nelson Pellegrino, voltou a assegurar que a reivindicação dos amotinados não será atendida.
Por volta das 15 horas, houve interrupção nas negociações. Um grupo de 50 policiais do Comando de Operações Especiais (COE) cerca a unidade à espera de ordem para a invasão.