Rebelião de 150 internos deixa um jovem morto em Pernambuco

Depois de assistirem aos telejornais da noite da última terça-feira (13) e verem uma força-tarefa de 445 policiais no Presídio Aníbal Bruno, em Recife, para controlar a rebelião que durava dois dias e deixou três mortos, 150 internos da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), no município metropolitano de Abreu e Lima se amotinaram e tentaram fugir. Eles quebraram a recepção, a sala de administração e depredaram três dos nove pavilhões da unidade. O adolescente Paulo Fernando Alves, de 17 anos, morreu espancado e dois internos e dois funcionários ficaram feridos.

O motim durou cerca de três horas e foi encerrado no final da noite de ontem por policiais militares. Os menores não fizeram nenhuma reivindicação. Para o supervisor de segurança da unidade da Fundac, Marcelo Miranda, ficou claro que eles se influenciaram pela rebelião no Aníbal Bruno e acreditaram ser um bom momento para uma fuga, já que a polícia estava ocupada no presídio.

Hoje, foi a vez de detentos do presídio de Arcoverde, no sertão pernambucano, a 270 quilômetros da capital, se rebelarem. Ali detentos solteiros sem direito a visita íntima negaram-se a retornar às celas. Era dia de visitas. Não houve quebra-quebra nem feridos. O princípio de motim foi rapidamente controlado. Para evitar surpresas, a polícia está em alerta no sistema penitenciário do Estado, que conta com 17 presídios e 73 cadeias públicas, onde estão distribuídos 17 mil detentos.

Governador

Em nota, o governador Eduardo Campos (PSB) considerou encerradas as rebeliões e parabenizou a polícia pelo controle das rebeliões "sem o disparo de um único tiro". Segundo o governo, as quatro mortes – três do Aníbal Bruno e o menor da Fundac – que estão sob investigação, foram motivadas por brigas entre os detentos e internos.

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