Os dois agentes penitenciários que eram mantidos como reféns dos 853 presos rebelados na Penitenciária Lemos Brito (PLB), no bairro da Mata Escura, em Salvador, foram libertados no início da tarde desta segunda-feira (8). Aurelino Silva e João de Oliveira Almeida estavam sendo ameaçados pelos detentos desde o início da tarde de domingo (7), quando a manifestação teve início, durante o horário de visitas na unidade prisional. Os detentos ainda mantêm 294 pessoas, a maioria mulheres e crianças, em seu poder.
Informações não confirmadas pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) dão conta que os agentes foram libertados depois de ser assegurado o retorno de dois presos transferidos para a Unidade Especial Disciplinar (UED) – presídio de segurança máxima dentro do mesmo complexo penitenciário – na última sexta-feira.
De acordo com a Polícia Militar, depois de um momento tenso nas negociações no fim da manhã, quando a luz dos módulos 2 e 5, onde estão ocorrendo as manifestações dos presos, foi cortada, a situação ficou mais calma.
Eles reivindicam a exoneração do diretor da PLB, Izidoro Orge Dominguez, a quem chamam de “arrogante” e “truculento”, e a derrubada da decisão do Ministério Público, aprovada na sexta-feira, que determina a transferência de 12 presos, apontados como líderes de grupos de detentos, para a UED.