Raul Jungmann tenta evitar deportação de músicos cubanos

Para evitar que os três músicos cubanos que estão desaparecidos desde a madrugada da quarta-feira sejam deportados pelo governo brasileiro, o deputado federal Raul Jungmann (PPS) entrou na Justiça Federal na sexta-feira, 14, no Recife, com um habeas corpus preventivo, com pedido de liminar.

Jungmann lembrou que nos jogos do Pan, no Rio, dois boxeadores cubanos foram deportados "sem a observância do devido processo legal" pelo governo brasileiro e não quer que o fato se repita. "Por que a Polícia Federal está procurando os músicos como se fossem criminosos?", indaga ele, que tentou obter resposta na própria PF.

Como o superintendente e o adjunto não se encontravam e ele não conseguiu obter nenhuma informação, decidiu entrar com habeas corpus em favor de Miguel Angel Nuñez Costafreda, Juan Alcides Diaz e Arodis Verdecia Pompa. Os três integram o grupo musical cubano Los Galanes, formado por seis músicos. Eles passaram sete dias em Pernambuco para seis apresentações, trazidos pelo produtor cultural Jair Pereira. No dia do embarque de volta a Cuba, na manhã da quarta-feira (12), os três não apareceram. Viajaram os outros três integrantes do Los Galanes e um representante do Instituto Cubano de Amizade entre os Povos (ICAP), Salvador Santana, que os acompanhou na temporada.

Jungmann frisou que mesmo sem um pedido de asilo político formalizado, os músicos ingressaram regularmente no País e, pelo Estatuto do Estrangeiro, possuem visto de permanência no Brasil por 90 dias. "Eles estão legais".

Na noite da terça-feira, último dia no Recife, parte do grupo foi a um jantar oferecido por admiradores da música e da política cubana. Os três declinaram do convite alegando indisposição. Logo depois da meia-noite, um carro os apanhou no hotel em que se hospedaram no município vizinho de Olinda. Levaram malas e instrumentos.

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