Racismo deixa os negros doentes

Rio – Estudo financiado pelo Ministério da Saúde, Banco Mundial e Ministério Britânico para o Desenvolvimento Internacional revela que o preconceito racial associado às desigualdades econômicas e sociais interferem, significativamente, na saúde da população negra do País. Na faixa de 10 a 64 anos, por exemplo, a taxa de óbito por transtornos mentais, doenças infecciosas e relacionadas à gravidez e ao parto entre os negros é, em média, o dobro da registrada entre os brancos, uma diferença que se repete, ainda que em menor grau, em 14 das 16 causas de mortes analisadas no levantamento. Coordenadora do estudo, que vai ser publicado até o fim do ano, Fernanda Lopes destaca que os dados demonstram a necessidade de políticas especiais para negros e pardos no País. "Assim como a população adulta, as crianças negras, com mais de 28 dias, morrem mais do que os brancas."

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