O presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), indeferiu pedido do PSOL para que fosse anexado ao processo que investiga o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), as denúncias de que o presidente da Casa teria atuado para beneficiar a cervejaria Schincariol, em Alagoas. O pedido de aditamento havia sido feito ontem à noite pela presidente do PSOL, Heloisa Helena.
Heloisa Helena havia antecipado que se o Conselho de Ética indeferisse a solicitação, o partido ingressaria com nova representação contra Renan, porque, no entendimento de Heloísa, toda denúncia precisa ser apurada.
Em seu parecer, Quintanilha justifica que a aceitação do aditamento "atrasaria o andamento das investigações em curso, feitas a partir de representação de autoria do próprio PSOL". Segundo o presidente do Conselho de Ética já foram estabelecidos os limites da investigação e as denúncias relacionadas à Schincariol "são fatos estranhos ao processo".
Ainda segundo Quintanilha, a decisão de indeferir o pedido do PSOL foi tomada em concordância com os três relatores do processo contra Renan: Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PDSB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE).