O presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), admitiu que vai trabalhar para tentar unificar pelos menos duas das três representações em curso contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na reunião de quarta-feira do órgão. Na semana passada, Quintanilha tinha se posicionado contra a possibilidade de junção dos processos. Nesta segunda-feira (24), porém, salientou que a unificação poderá agilizar as investigações.
A medida, segundo ele, também resolveria outro problema: a dificuldade de encontrar relatores para os processos. "Encontrar um único relator já está difícil, imagina encontrar um para cada processo", ponderou. A posição de Quintanilha tem o apoio de alguns senadores, mas não é bem vista pela oposição.
Segundo Quintanilha, poderiam ser unificadas as representações de número três e quatro contra Renan e que tratam, respectivamente, da acusação de compra de rádios e jornal por meio de laranjas e a da coleta de propina em ministérios chefiados pelo PMDB. "Unificar a representação da Schincariol seria difícil porque ela já está em outro estágio", afirmou o presidente do Conselho de Ética, referindo-se às investigações sobre o suposto favorecimento da cervejaria, por intermédio de Renan, junto ao INSS e à Receita Federal.