O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar que o governo não vai ceder em relação à votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que prorroga até 2011 a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Ao mesmo tempo, o presidente minimizou a importância da oposição do DEM à prorrogação. "Se os ‘demos’ estão dizendo que vão fechar questão (contra a emenda) é um problema deles", disse Lula em entrevista coletiva após almoço com o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.
A uma pergunta sobre propostas levantadas no Senado para reduzir a alíquota da CPMF e isentar da cobrança quem ganha até R$ 1.200 00 ou até R$ 1.700,00, Lula respondeu: "Não tem condicionante. Nós queremos votar (no Senado) a CPMF do jeito que ela foi aprovada na Câmara", afirmou. O presidente voltou a pedir "serenidade" e "responsabilidade" aos senadores na discussão da emenda que prorroga a CPMF.
Ele disse que não há como, "em um passe de mágica", cortar do Orçamento R$ 40 bilhões anuais – valor estimado da arrecadação da CPMF para 2008. Lula disse que os senadores sabem que não é possível cortar recursos destinados a salários e custeio. "Não é possível. Eu já disse: a CPMF não é um problema do presidente da República, não é uma necessidade do presidente Lula, mas do Brasil.
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