O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, acusou nesta sexta-feira (19) a Câmara dos Deputados de descumprir acordo firmado com o governo para a formalização das centrais sindicais e de tentar acabar com o movimento sindical brasileiro. O ministro adiantou que vai ao Congresso na próxima semana para "sensibilizar" os senadores em relação à importância da manutenção da obrigatoriedade do imposto sindical, derrubada por emenda do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF) que torna o pagamento facultativo.

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Segundo ele, o acordo firmado entre o governo e as centrais sindicais foi aprovado por unanimidade por três comissões da Câmara – Trabalho, Finanças e Constituição e Justiça -, nas quais todos os partidos possuem representação. "É muito feio ter um acordo feito e não-cumprido. Pega mal para o Parlamento e para a sociedade", acrescentou Lupi.

"Havia um acordo para aprovar a legalização das centrais e tivemos uma espécie de golpe ali no meio do jogo do Brasil. Um gol contra", afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Já o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, afirmou que durante as negociações do acordo para a formalização das centrais, foi definido que haveria um prazo de até 12 meses para criar um novo sistema de financiamento sindical. "Não tem por que uma tentativa de fazer uma emenda, quebrando portanto esse processo de negociação e esse processo transitório de estruturação do financiamento do movimento sindical", afirmou.

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