Rio (AE) – A Polícia Federal investiga conexões na Bahia, em Minas Gerais e em São Paulo da quadrilha especializada em roubo de obras sacras. O grupo agia há um ano e nove meses nas igrejas fluminenses, com eventuais ataques a bibliotecas e museus. Até a tarde de ontem, 60 peças, de pelo menos quatro igrejas diferentes, haviam sido recuperadas. O bando começou a ser desbaratado na quinta-feira com a prisão de Anderson Lerry Batista, de 25 anos, acusado de ter roubado dois toucheiros (castiçais) da Catedral Metropolitana, no dia 21.
O delegado de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da PF, Deuler Rocha, explicou que a quadrilha rouba as peças em Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro e as revende em São Paulo. ?Possivelmente, um dos artifícios usados para legalizar a peça é enviá-la para o exterior e importá-la, posteriormente, forjando assim uma procedência idônea?, disse o delegado.
A quadrilha atuava em várias frentes. Em caso de peça de ouro ou prata que não fosse repassada a colecionadores, o grupo derretia o objeto e vendia o metal para ?shoppings de ouro e prata?, casas que fornecessem jóias a revendedores.