PT quer concluir a Transamazônica

Brasília – Uma Proposta Global de Desenvolvimento para a Transamazônica, para ser posta em prática até 2013, será apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sexta-feira por uma comissão de agricultores, parlamentares e representantes da região amazônica. O plano inclui não apenas o asfaltamento de 100 km da rodovia por ano, a partir de 2005, mas uma série de medidas destinadas a levar à população saneamento, energia, educação, segurança pública e agroindústrias, entre outros benefícios.

A audiência com Lula será o principal evento de uma série no período de 22 a 25 deste mês, em Brasília, numa ação denominada “Transamazônica: novo enredo para uma velha história”, segundo o deputado Zé Geraldo (PT/PA), que coordena o movimento. O deputado revelou que R$ 341,3 milhões já estão assegurados no Plano Plurianual (PPA) para recuperação e asfaltamento da BR-230, a Transamazônica, mas para que saiam do papel será preciso aprovar uma emenda na Lei de Diretrizes Orçamentárias, a ser votada até o dia 8 de julho no Congresso.

A mobilização pretende sensibilizar o presidente Lula, ministérios e órgãos que têm atuação efetiva na região, além do Congresso Nacional, para a possibilidade de executar uma política de inclusão social na área da rodovia, que no Pará tem 1.660 km, dos quais apenas 140 asfaltados. Em nove anos, segundo o deputado Zé Geraldo, poderiam ser asfaltados 900 km do trecho Marabá-Itaituba, o mais populoso, mais produtivo e de maior tráfego no estado, e que tem apenas 60 km de asfalto, entre Marabá e Altamira. O custo seria de R$ 900 milhões, ou R$ 100 milhões para cada 100 km asfaltados por ano.

A ação em Brasília marcará os 34 anos da abertura da rodovia no Pará, em outubro de 1970. Dois anos depois, em 25 de agosto de 1972, a estrada era inaugurada pelo então presidente da República, general Garrastazu Médici, com uma grande festa no meio da selva. A idéia era promover o desenvolvimento da região rasgando a selva num percurso de 8.000 km, mas o sonho acabou a partir dos anos 80, quando os sucessivos governos se desinteressaram pelo projeto. Mesmo diante do abandono a que a Transamazônica foi relegada nas últimas duas décadas, hoje 800 mil pessoas vivem ao longo do percurso que ela faz no Pará, onde corta 13 municípios.

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