PT planeja vencer, mas tem receio do “caixa 2”

Brasília  – Com o orçamento mais robusto de sua história (R$ 43,4 milhões, excluídas as doações de campanha), o PT se prepara para a sua maior disputa eleitoral em 24 anos de existência. Essa grandiosidade está expressa no número de candidatos. São cerca de 3.500 candidatos às prefeituras e mais de 80 mil às câmaras de vereadores, espalhados por 5.200 municípios.

Não apenas no PT, mas em todos os partidos, o medo é de que o caso Waldomiro Diniz iniba as contribuições formais, levando ao aumento das doações clandestinas, o chamado caixa dois. “Ainda bem que esse caso aconteceu antes de a campanha ir à rua. Vamos ter cuidado redobrado na escolha de nossos tesoureiros. Vou botar uma pessoa bem qualificada”, diz o secretário-geral do PT e pré-candidato a prefeito do Rio, Jorge Bittar.

Os temores dos petistas e de todos os partidos que comandam prefeituras não é um despropósito. Os candidatos que têm o que oferecer, porque estão no poder ou por terem mais chances de vencer, atraem os principais doadores. O dinheiro tanto pode sair de empresas ou bancos legalmente constituídos quanto daqueles que trabalham em atividades à margem da lei, como os bicheiros.

O primeiro drama dos candidatos diante do encarecimento cada vez maior das campanhas é o fato de que não podem escolher seus doadores. Nessa dinâmica, em que predomina a busca de um volume cada vez maior de recursos, os candidatos perdem o controle sobre quem está arrecadando recursos e se todo o dinheiro doado chega ao caixa de sua campanha.

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