Brasília – O PT é outro partido que perdeu em nível nacional com o troca-troca e a crise política. Em 2003, chegou à Câmara com 91 deputados e deve ficar com 83. A crise no PT favoreceu o PSOL e o PDT, dois partidos que votam contra o governo tanto na Câmara quanto no Senado. Cinco deputados petistas mais à esquerda foram para o PSOL e outros dois se filiaram ao PDT. O PSOL está agora com sete deputados e o PDT com 19, cinco a mais do que o registrado em junho.

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O PSB, que ficou ausente das denúncias de corrupção, festejou também seu crescimento. No início da crise, a bancada estava com 17 e poderá chegar a 29 deputados. "O PSB tem estabilidade e se tornou atrativo ao assumir a governabilidade sem, porém, deixar de questionar o governo", concluiu o líder do PSB, deputado Renato Casagrande (ES).

Até ontem à tarde, a maior expectativa era em torno da disputa entre PT e PMDB para saber quem ficaria com a maior bancada da Câmara. "Só na terça-feira é que saberemos o tamanho real do PMDB, pois as filiações estão em andamento", disse o deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS). O PMDB chegou a superar o PT durante a semana passada, mas o secretário de governo do Rio, Anthony Garotinho, curiosamente beneficiou o PT com sua estratégia de espalhar seus tentáculos políticos em outras legendas com vistas às eleições de 2006.

O PMDB perdeu para o recém-criado PMR os deputados Vieira Reis (RJ) e José Divino (RJ), que teriam brigado com Garotinho. Outro aliado do ex-governador do Rio que deixou o PMDB foi Josias Quintal, que se filiou ao PSB. Se confirmadas as saídas dos deputados Deley ( RJ), Dr. Heleno (RJ) e Carlos Willian (MG), o PMDB continuará em desvantagem em relação ao PT, mas se mantendo como a segunda bancada da Câmara.

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