Ribeirão Preto
– O coordenador da equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e prefeito de Ribeirão Preto, Antônio Palocci, disse ontem que “o Brasil hoje não consegue conviver, a curto prazo, com uma carga tributária menor que a atual.”, ao defender a manutenção do atual quadro de impostos, até que se faça uma reforma no setor, medida que reiterou como uma das prioridades do futuro governo. .Segundo Palocci, a reforma tributária deve começar pelo Imposto sobre Comercialização de Mercadorias e Serviços (ICMS), o tributo que mais se arrecada em todo o País, somando cerca R$ 92 bilhões na receita de todos os Estados. Ele disse que a reforma tributária pretendida prevê um trabalho em que o peso do imposto para cada empresa seja menor e que mais empresas e pessoas paguem o tributo.
“É preciso melhorar a qualidade do imposto, tornar os impostos mais simples e menos onerosos para as empresas que vivem adequadamente”, comentou Palocci. Ele cita o exemplo do ICMS, que tem 27 leis e 44 alíquotas. “Isso precisa ser revisto, acho que o ICMS deva ter apenas de quatro a seis alíquotas”, exemplificou Palocci, alegando que a estrutura atual permite evasão e promove a guerra fiscal.
Novo integrante
Palocci disse que não poderia antecipar nomes que re-presentarão o futuro governo na equipe de transição, informando que eles serão anunciados até amanhã por Lula. O coordenador anunciou apenas o nome do ex-deputado federal, Luis Gushiken. “Ele foi convidado e aceitou”, disse Palocci. “A indicação de nomes é atribuição exclusiva do presidente eleito e o momento a escolher (para revelar) também”, disse Palocci. “Meu trabalho é outro, é acompanhar todos os ministérios, o orçamento público federal; um trabalho de transição”, argumentou. “Nesse trabalho vamos fazer a comparação das condições que são dadas pelo orçamento com as propostas que temos no plano de governo”, completou.