O PT decidiu liberar o voto dos senadores na sessão de amanhã do julgamento do mandato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Em reunião da bancada realizada nesta terça-feira (11), a legenda decidiu que cada um dos 12 senadores deve votar amanhã de acordo com a sua convicção. "Todo mundo está livre, leve e solto para votar de acordo com a sua consciência", afirmou a líder do partido na Casa, Ideli Salvatti (SC).
Ela disse que no entendimento do partido, a sessão do julgamento qualquer que seja o resultado, tem vício. "Não posso dizer se é ou não legítimo. Mas há risco do vício pelos interesses em jogo" afirmou. Ela explicou que como não se trata apenas do caso de cassação de um senador, mas sim do presidente da instituição, os 79 senadores não teriam condições de julgar o companheiro. "Todos nós sabemos que há uma corrida sucessória na Casa. É um absurdo nós, então, julgarmos.
A senadora defendeu que processos de cassação, a partir desse episódio, venham a ser julgados por outro órgão, que não o Senado. Ela disse que alguém do partido vai subsidiar essa discussão para impedir que situações como essa se repitam. Em relação ao projeto de resolução dos senadores petistas, Delcídio Amaral (MS) e Eduardo Suplicy (SP) que propõem que a votação amanhã seja aberta, Ideli afirmou que o PT sempre foi a favor do voto aberto, mas que a abertura da sessão de amanhã só será possível se houver acordo de líderes e mesmo assim a decisão pode ensejar recurso judicial.
