O Partido dos Trabalhadores (PT) faz, neste domingo (2), o Processo de Eleições Diretas (PED) para a escolha do novo comando da legenda. Sete candidatos disputam a presidência: Ricardo Berzoini, que tenta a reeleição pela chapa Construindo um Novo Brasil (antigo Campo Majoritário); Valter Pomar, da ala A Esperança é Vermelha; Jilmar Tatto da chapa Partido é Pra Lutar; José Eduardo Cardozo, da ala Mensagem ao Partido; Markus Sokol, da chapa Terra, Trabalho e Soberania; Gilney Viana, da ala Militância Socialista; e José Carlos Miranda, da chapa Programa Operário e Socialista.
A expectativa é que as eleições internas da legenda sejam definidas em segundo turno, porque para que uma das chapas obtenha vitória no primeiro turno será necessário angariar mais de 50% dos votos dos filiados. A previsão é que entre 200 a 300 mil militantes da legenda participem do PED, em cerca de 4 mil locais de votação em todo o País, escolhendo seus representantes. Até o final de sexta-feira (30), a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no pleito não estava confirmada, apesar da expectativa de que ele possa votar neste domingo, pois estará na capital paulista para a cerimônia de lançamento do início das transmissões da TV digital no Brasil. Nas eleições internas petistas de 2005, no auge do escândalo do mensalão, Lula não votou no primeiro turno.
Nas eleições internas deste domingo, estará em jogo não apenas a correlação de forças que vai influir nas eleições de 2008 e 2010. Segundo uma fonte com acesso à cúpula da legenda e também ao governo, o PED 2007 será uma grande oportunidade para o partido sair unificado e fortalecido e, dessa forma, cobrar uma participação mais ativa nas decisões do governo federal. ?O peso do nosso partido no executivo federal precisa ser ampliado e acredito que sem as divergências acirradas que ocorriam antes da saída dos companheiros que migraram para o PSOL, podemos afinar o discurso e contribuir para uma participação mais ativa nas decisões do governo federal?, reitera a fonte.