PT da BA aceita voto de ACM em Lula sem insatisfação

O PT da Bahia aceitará, ?sem constrangimentos?, o voto do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) no candidato da Coligação Lula Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT-PL-PC do B-PCB-PMN), no segundo turno das eleições, mas informa que o pefelista não subirá no palanque do petista, afirmou hoje o candidato derrotado a governador Jaques Wagner (PT). ?Nem acredito que o ACM vá querer isso?, argumentou. ?Queremos o voto dele, mas não temos nenhum acordo ou negociação com ele ou com o PFL no Estado?, disse. Para Wagner, a ação de votar no segundo turno ?não é ideológica ou programática?, e por isso, levaria em conta uma outra ?ordem de fatores?.

De acordo com ele, o PFL e o PT têm um ?distanciamento profundo? de programas e idéias. ?Não há por que negociar com eles, mas, no segundo turno, todo voto é bem-vindo?, disse.

Wagner até mesmo minimizou a importância do senador eleito do PFL da Bahia como ?eleitor diferenciado? do Lula na segunda etapa da eleição no Estado. ?A coligação deles encolheu. Em Salvador, Lula teve 73% dos votos e atingiu a média de 55% no Estado. Sem nenhuma arrogância, Lula tem na Bahia hoje uma importância eleitoral maior que as lideranças locais?, avaliou. O candidato derrotado do PT a governador da Bahia, contrariando todas as pesquisas e até mesmo as expectativas do partido, teve uma votação de 2 milhões de votos e perdeu por apenas 800 mil para o governador eleito Paulo Souto (PFL).

De acordo com Wagner, o efeito Lula foi decisivo para o inesperado crescimento da candidatura dele na reta final do primeiro turno. ?Eles só venceram porque o candidato foi Souto, um nome pouco desgastado no Estado. Se fosse ACM, com certeza, teríamos um segundo turno?, disse.

O candidato derrotado do PT a governador é coordenador da campanha de Lula na Bahia e passou quase todo o dia de hoje reunido com o candidato da Coligação Lula Presidente e o alto comando da campanha no comitê nacional da aliança, na Vila Clementino, zona sul de São Paulo.  De acordo com estimativas de Wagner, a legenda pode ter cerca de 65% dos votos no segundo turno. O candidato da Grande Aliança a presidente, José Serra (PSDB-PMDB), que teve 17% dos votos no primeiro turno, não chegaria, segundo a avaliação do candidato derrotado do PT, mais do que 30% ou 35% dos votos na segunda fase.

O comando da campanha de Lula passou todo o dia tentando organizar a agenda dele para o segundo turno.

?Ele terá de estar em pelo menos 14 Estados, além de marcar presença forte em São Paulo. Terá de gravar ainda uns dez minutos do programa diário no horário eleitoral; é uma agenda sobrecarregada e difícil?, afirmou um dos coordenadores de campanha da sigla, Luiz Gushiken.

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