Brasília – Para evitar o isolamento político internacional e procurar ampliar a influência da política externa brasileira, o PT decidiu se aproximar da social-democracia européia. O partido, que sempre se vangloriou de ser uma experiência única na vertente socialista, agora que está no poder chegou à conclusão de que precisa de aliados.
Mesmo sendo observador da Internacional Socialista desde a segunda metade da década de 80, o PT nunca quis envolvimento maior com a organização. Mas com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a situação mudou e a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, será a anfitriã do 22.º Congresso da Internacional Socialista, que se realiza de 27 a 29 deste mês.
“Vamos participar dos debates como observadores e anfitriões da Internacional Socialista. Queremos ter boas relações com a social-democracia. O país não vai ficar isolado e é importante discutir novos caminhos num momento em que o neoliberalismo fracassou, em que a Terceira Via fracassou”, diz o presidente do PT, José Genoino.
O PT ainda não respondeu ao convite para ingressar na Internacional, feito a Genoino, durante a realização do Fórum Social Mundial em janeiro deste ano. Mas a Internacional decidiu dar um palanque privilegiado ao presidente Lula. Caberá ao presidente brasileiro falar na abertura do congresso que terá como tema “A reforma da política: por uma governança global justa e responsável. Por uma globalização governada pelos cidadãos”. Lula terá encontros privados com alguns dos 11 chefes de Estado e de governo que estarão presentes.