PT busca equilíbrio do orçamento, diz Alencar

Brasília

  – Na entrevista que concedeu ontem a jornalistas estrangeiros em Brasília, o senador José Alencar (PL-MG), candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo candidato do PT à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que o empresariado tinha medo do PT, “porque qualquer partido mais à esquerda trazia no seu bojo a idéia do socialismo de Estado”. Segundo Alencar isso acabou depois que o regime socialista de Estado fracassou na ex-União Soviética. Alencar defendeu a montagem de um governo sobre o tripé “probidade administrativa absoluta, sensibilidade social e sentimento nacional”. Entre outros, afirmou que um eventual governo do PT/PL “buscará o equilíbrio orçamentário”, sustentando que “isso dará um ganho ao País três vezes maior que o superávit primário acertado com o FMI”. Alencar apontou o déficit do setor público como causa básica da inflação, mas também responsabilizou os preços administrados pelo governo. “Temos que fazer com que eles sejam econômicos e estáveis”, sustentou. Sobre o acordo com o FMI, afirmou que “é o caminho natural de um país que está numa situação difícil”. Ele criticou o presidente Fernando Henrique Cardoso pelo que qualificou como “abertura indiscriminada das nossas fronteiras, no início do Plano Real, e a sobrevalorização cambial, que durou quase cinco anos”. Segundo Alencar, “isso foi um desastre para a economia brasileira. O desastre só não foi maior porque o mercado atropelou o câmbio, em janeiro de 1999”. Em contrapartida, Alencar elogiou o fato de Fernando Henrique ter controlado a inflação e assegurou: “A preservação da estabilidade monetária será um compromisso sagrado para nós”, ressaltando, porém, que a moeda estável não pode ser fator de estagnação econômica. “Moeda estável, ao contrário, deve ser fator de desenvolvimento”.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo