O PSOL protocolou na Secretaria Geral da Mesa do Senado, representação contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF). O partido solicita que seja aberto processo no Conselho de Ética da Casa para apurar se o peemedebista quebrou o decoro parlamentar. Roriz aparece em escutas telefônicas, feitas pela Polícia Civil do DF, conversando com o ex-presidente do BRB, Tarcísio Franklin de Moura, sobre a partilha de R$ 2,2 milhões.
Na representação, o PSOL entende que é preciso investigar se houve abuso de prerrogativas de imunidade no exercício de mandato. No texto a legenda lembra que os suspeitos estavam sendo investigados há vários meses por "crimes contra a administração pública e fraude em licitação, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha", segundo esquema revelado na Operação Aquarela.
O pedido de representação contra Roriz foi assinado pela presidente do PSOL, Heloísa Helena. "São denúncias gravíssimas que caracterizam indícios de crime contra a administração pública e quebra de decoro", afirmou Heloísa Helena que foi pessoalmente entregar a representação. O PSOL também foi o autor de outra representação, no Conselho de Ética, contra o presidente do Senado, Renan Calheiros.
Para a presidente do PSOL a solicitação de investigação do caso Roriz não poderá atrapalhar o processo já em curso contra Renan. "Isso não vai acontecer, pois a sociedade jamais aceitará que um ou outro senador se encoste no processo (de investigação) do outro.