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PSDB sai em defesa de Moraes e diz que ministro enfrenta herança da omissão do PT

Após ex-ministros e parlamentares, a maioria do PT, divulgarem carta aberta pedindo que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, tenha “a grandeza de renunciar ao cargo” diante da crise no sistema penitenciário, o PSDB saiu em defesa do ministro tucano e, em nota, afirmou que Moraes está enfrentando uma herança do PT.

“O ministro Alexandre de Moraes enfrenta hoje, com coragem, mais uma herança gerada pela omissão de 14 anos das administrações do PT. A gravidade da situação exige responsabilidade. A sociedade brasileira não aceita mais tamanho oportunismo político”, diz a nota assinada pela direção nacional do partido.

Para os tucanos, as críticas feitas a Moraes fazem parecer que a crise no sistema penitenciário nacional “tivesse nascido agora”. “Usam da demagogia para tentar esconder a responsabilidade dos governos petistas com o agravamento da situação que o país enfrenta hoje”, afirmam.

A nota diz ainda que os petistas “silenciam sobre os planos anunciados com destaque em solenidades e que nunca saíram do papel”. “Silenciam sobre os mais de R$ 8,9 bilhões contingenciados do Fundo Penitenciário Nacional e do Fundo Nacional de Segurança”, completam.

Resposta

Em resposta a uma carta aberta dirigida a ele pelo Centro Acadêmico XI de Agosto, na qual os ex-ministros da Justiça José Eduardo Cardozo, Tarso Genro e Eugênio Aragão estão entre os que pedem sua renúncia, Moraes disse que os governos do PT foram marcados pela “incompetência” na gestão da segurança pública e criaram as condições negativas para a “grave crise” enfrentada pelo País.

Moraes é apontado como um dos pré-candidatos do PSDB ao governo de São Paulo e há tempos está em disputa com o PT sobre um novo modelo de segurança pública. O ministro da Justiça disse ainda que seus críticos deveriam “falar menos e trabalhar mais”. “Lamentável que algumas pessoas que exerceram cargos no governo anterior e o PT tentem esconder sua incompetência na gestão da segurança pública e sistema penitenciário durante os 13 anos de gestão”, afirmou Moraes, em nota. “Durante esse período, opções desastradas, ineficiência na gestão e péssimo uso do dinheiro público criaram as condições negativas para a grave crise aguda que hoje o País sofre. Falassem menos e trabalhassem mais, não estaríamos nessa situação.”

A carta aberta divulgada pelo Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da USP, é subscrita por cerca de 150 pessoas. Além de Cardozo, Genro e Aragão – que chefiaram o Ministério da Justiça nos governos Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva -, também assinam a carta vários deputados e senadores – a maioria do PT -, professores de Direito, juízes, defensores públicos e entidades de classe.

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