O PSDB e o Democratas assumiram posições opostas na condução do processo envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ao propor nesta quarta-feira (27) os nomes dos senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) para a presidência do Conselho de Ética, e de Aloizio Mercadante (PT-SP) para relator do caso Renan, o PSDB tenta dar credibilidade ao órgão, sem entrar no mérito da situação do presidente do Senado.

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Em vez de acompanhar os senadores democratas, que assumiram uma postura mais radical ao defenderem ontem a licença de Renan do cargo, os tucanos resolveram assumir a responsabilidade da condução do processo e comprometer o PT. "E estamos também chamando o PT à responsabilidade", completou o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), depois de conversar no plenário com Mercadante.

Para não ser confundido com a tropa de choque de Renan, o PSDB deu também um ultimato ao PMDB, que indicou suplentes, os chamados senadores sem votos, para compor o Conselho: se os partidos da base aliada não aceitarem as mudanças, os conselheiros do PSDB vão renunciar. "Queremos salvar o Senado", disse Tasso.

A proposta do PSDB recebeu de pronto o apoio do PSB, partido que quer continuar as investigações contra Renan. "Apoio 100%", disse o senador Renato Casagrande (PSB-ES), se referindo aos nomes de Virgílio e Mercadante. Na reunião da bancada do PSDB, o nome da senadora Marisa Serrano (MS) foi cogitado para a presidência do Conselho, mas pesou contra ela o fato de ter assumido agora o mandato.

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