PSDB ameaça não fechar acordo para prorrogar CPMF

A resistência interna do PSDB pode impedir o acordo político que o partido vem negociando com o governo federal para aprovar no Senado a prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Depois de dois encontros com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, onde negociaram mudanças na cobrança do imposto em troca do apoio à aprovação da proposta, dirigentes tucanos já admitem que o partido está muito dividido neste assunto e que as negociações podem acabar. Isto aconteceria para evitar um racha no PSDB, sobretudo entre as bancadas de deputados e senadores.

?Tomaremos uma decisão que não divida o partido?, anuncia o senador Sérgio Guerra (PE), futuro presidente nacional do PSDB. ?O partido só não se dividirá se ficar contra a CPMF?, avisa o senador Álvaro Dias (PR), contrário ao entendimento com o governo. Sérgio Guerra lembra que a avaliação será feita na reunião da Executiva Nacional, marcada para terça-feira. Para o líder no Senado, Arthur Virgílio (AM), ainda é cedo para marcar posição contra a aprovação da CPMF. ?Não sofro de nenhum tipo de ejaculação política. Eles (governo) ficaram de apresentar uma proposta. Se for boa, votaremos a favor. Se não, votaremos contra.?

Por enquanto, Sérgio Guerra entende que a equipe econômica do governo não fez nenhuma proposta concreta para compensar a prorrogação da contribuição. ?A proposta não está completa, faltam elementos quantitativos, os números têm de ser vistos com mais tranqüilidade, precisamos fazer simulações?, alegou. ?Queremos uma solução que a sociedade possa compreender. Agora, não vamos encarar uma proposta que divida o partido?, ressalvou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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