Em nota, a bancada do PSDB no Senado alerta para a crise instalada no Conselho de Ética da Casa com a decisão do presidente do colegiado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), de condicionar o reinício dos trabalhos à emissão de um parecer da Consultoria Jurídica do Senado sobre os procedimentos em relação ao processo em que o presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), é acusado pagar despesas pessoais com dinheiro de um lobista de uma empreiteira.
Na nota, o PSDB convoca seus integrantes para uma reunião, às 10 horas de terça-feira, para "tomar posição, de forma madura, pensada e definitiva, à altura exigida pela situação, a fim de manter preservadas as instituições Senado e Congresso Nacional." O líder tucano, senador Arthur Virgílio (AM), que assina a nota, lembra que o PSDB e o DEM alertaram para a "instabilidade" que poderia ocorrer após a escolha de um peemedebista (como Quintanilha) para comandar o Conselho de Ética.
"E foi o que ocorreu", diz a nota. "Teriam de ser afastados momentaneamente dos postos diretivos do Conselho de Ética quaisquer senadores do partido do senador Renan Calheiros. O quadro se agrava", afirma o líder, na nota. Virgílio lembra que o PSDB ofereceu uma alternativa que daria legitimidade à investigação – que seria a eleição dele próprio, Virgílio, para presidir o Conselho. Conclui a nota do PSDB: "Não era mera proposta de candidatura, mas uma proposta para unir os senadores em defesa da instituição. Não se conseguiu, contudo, construir um consenso em torno da proposta.
