O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, afirmou nesta segunda-feira (6) que liberou o novo presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, de nomear qualquer político ligado ao partido para ocupar cargo no órgão durante sua administração. Gaudenzi, que é integrante da comissão executiva nacional do PSB, almoçou nesta segunda-feira em Brasília com Campos e, nas palavras do governador, foi "blindado" para poder chefiar a Infraero sem pressões políticas e ajudar a melhorar o funcionamento do sistema aéreo do País.
"O partido deu total liberdade para ele. Qualquer nomeação que queira fazer para a Infraero deve acertar com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com o presidente Lula", afirmou Campos. "Com isso, ele também fica blindado até para o caso de alguém do partido bater na porta dele pedindo alguma coisa", garantiu. Com isso, o comando do PSB procura tentar despolitizar um pouco a indicação de Gaudenzi para a Infraero. Ex-deputado federal e atual presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Gaudenzi reconheceu em entrevista ao Estado que "não conhece nada" sobre o setor aéreo, embora ressalte que seu perfil de engenheiro civil e de gestor experiente o habilitem a ocupar o posto.
No sábado, o próprio Jobim saiu em defesa da nomeação de Gaudenzi, afirmando que estava optando por uma escolha técnica para substituir o brigadeiro José Carlos Pereira na Infraero. Eduardo Campos reconhece que Gaudenzi é um político, mas com ótimo perfil para ocupar a nova função. "Ele é político. Mas é um tocador. Fui eu que o convidei para ocupar a Agência Espacial Brasileira quando estava à frente do Ministério de Ciência e Tecnologia. Gaudenzi é um sujeito que não fica falando que vai fazer. Ele sabe fazer ou não sabe. E se não sabe, vai lá ver como é que faz para saber. Ele vai lá e ataca o problema", conta.