“Protestos ocorrem porque PF deteve ricos”, afirma Tarso Genro

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta sexta-feira (11) estar havendo preconceito de classe na discussão sobre o uso de algemas e as prisões do sócio-fundador do Banco Opportunity, Daniel Dantas, do investidor Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta pela Polícia Federal. Os protestos sobre o procedimento das detenções ocorrem, segundo ele, porque envolvem "pessoas de grande importância política, com contatos em todas as agremiações políticas, abonadas, ricas".

Genro destacou que as manifestações de indignação contra a forma das prisões da PF na Operação Satiagraha – que preferiu chamar de "operação S", porque considera o nome de difícil pronúncia – não acontecem quando envolvem pessoas humildes. Citou como exemplo o caso do vigilante da residência de Nahas, que se recusou a abrir os portões aos agentes da PF e foi empurrado. "Ninguém debateu até agora o empurrão no vigia. Será o vigia menos cidadão do que os poderosos algemados?", indagou.

O ministro da Justiça deu as declarações após participar da formatura de 300 novos policiais federais, na Academia Nacional de Polícia, em Brasília. Ele disse esperar que os novos policiais atuem "aplicando a lei com rigor no combate à corrupção e ao crime organizado, sem distinção de classe social".

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