Protesto cancela desfile de 7 de setembro em Maceió

Centenas de pessoas ficaram sem assistir ao desfile de 7 de setembro nesta sexta-feira pela manhã em Maceió. Manifestantes ligados ao Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), ao Movimento Unificado da Saúde e à Central Única dos Trabalhadores (CUT) invadiram a pista próximo ao palanque do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e realizaram um protesto, provocando o cancelamento do desfile.

Após o tumulto e um rápido confronto entre os manifestantes e policiais militares, que davam segurança às autoridades no palanque, o governador deu ordem ao cerimonial para suspender o desfile, cuja programação tinha apenas começado, por volta das 9 horas da manhã. A suspensão do desfile deixou frustradas centenas de famílias que foram até à Praia da Avenida, para participar das comemorações ao dia da Independência do Brasil.

Moradores de bairros distantes e até de cidades do interior ficaram revoltados com o fim da festa. Alguns responsabilizaram os manifestantes. Outros culparam o governo. "Essa gente não tinha outra hora para protestar. Tinha que logo durante o desfile em defesa da pátria?", questionou um o comerciante Humberto Eustáqui Mota, que estava na Praia da Avenida, em frente ao Memorial da República, próximo ao palanque das autoridades.

O vice-presidente do Sindpol, Josimar Melo, disse que os manifestantes queriam apenas participar do desfile, não precisava cancelar o desfile que tinha apenas começado. "Nossa intenção não era cancelar o evento, apenas queríamos passar pelo desfile. Não era preciso cancelar a festa cívica, o governador se precipitou", afirmou.

Ao deixar o palanque, Teotonio Vilela não quis falar sobre o assunto. Já o secretário estadual de Defesa Social, general Sá Rocha, lamentou a atitude dos manifestantes. "É com muita tristeza que vejo a radicalização dessas pessoas que prejudicaram o prosseguimento deste desfile de cunho nacional. Eles passaram por cima até do patriotismo", disse.

Ainda pela manhã, Vilela reuniu a cúpula da segurança pública do Estado, no Palácio República dos Palmares, sede do governo, para discutir as ações a serem tomadas a partir do incidente que resultou no cancelamento das comemorações do Dia da Independência.

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