Cruzeiro do Sul (AC) – A prorrogação da missão de paz no Haiti, comandada pelo Brasil, já era esperada. A afirmação é do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que continua sua visita a áreas de fronteira na Amazônia.
?Verificamos claramente que, se o mandato existente não fosse prorrogado, as coisas voltariam à situação anterior?, comentou nesta terça-feira (16) à Agência Brasil.
Segundo ele, o que será discutido agora é uma eventual mudança no perfil das tropas, com possibilidade de reduzir as infantarias e aumentar o batalhão de engenharia. De acordo com o ministro, não está descartada a hipótese de manter ou até aumentar o contingente brasileiro total da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah).
?Para isso, precisaríamos de autorização do Congresso Nacional?, observou. ?Creio que, se isso for necessário, terei condição de negociar tranqüilamente com os parlamentares.?
Jobim se disse favorável a um aumento do efetivo do grupo de engenharia: ?Não tenho dúvida nenhuma de que isso é necessário para atender às necessidades de infra-estrutura do país. Temos uma experiência incrível nesse sentido e podemos colaborar.? Proposta nessa linha foi apresentada em setembro por representantes de nove países sul-americanos que integram a Minustah.
Hoje, por falta de teto para decolagens, houve atraso nas atividades da comitiva liderada pelo ministro na Amazônia. Estão programadas visitas ao 1º Pelotão Especial de Fronteira, na comunidade Santa Rosa de Purus; ao 2º Pelotão Especial de Fronteira, em Assis Brasil; e ao 2º Comando Especial de Fronteira, em Epitaciolândia. Dali, as autoridades e jornalistas seguem para Rio Branco, onde devem visitar o 4º Batalhão de Infantaria de Selva.