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Promotoria recorre de decisão que revogou uma das prisões de João de Deus

A promotora Leila Maria de Oliveira, da 50ª Promotoria de Justiça de Goiânia, apresentou recurso contra a decisão que revogou uma das prisões preventivas do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus. Na última quinta, 27, o juiz Wilson Safatle Faiad garantiu a liberdade do líder espiritual, colocando-o em detenção domiciliar, desde que não haja nenhum outro motivo para mantê-lo preso.

João de Deus está detido no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia desde o último dia 16, quando se entregou às autoridades. Apesar da decisão favorável, ele não sairia da cadeia por ter outro mandado de prisão decretado em virtude das acusações de abuso sexual contra mulheres durante atendimento espiritual. Na sexta, 28, ele foi denunciado violação sexual e estupro de vulnerável contra quatro vítimas neste ano.

O médium foi alvo de um segundo mandado de prisão preventiva, decretado no último dia 21 pelo juiz Liciomar Fernandes da Silva, após a Polícia Civil encontrar cinco armas em sua residência em Abadiânia (GO), cidade onde fazia os atendimentos espirituais. Uma das armas estava com a numeração raspada. Os agentes também localizaram munições, incluindo estrangeiras e de uma exclusiva para uso militar.

A segunda prisão preventiva foi convertida em prisão domiciliar pelo juiz Wilson Safatle Faiad, que afirmou ser ‘genérico’ e ‘carecer de fundamentação’ o decreto de prisão preventiva pelo crime de posse irregular de arma.

O magistrado fixou medidas cautelares, incluindo uso de monitoramento eletrônico, recolhimento de passaporte e comparecimento quinzenal à Justiça. O líder espiritual também deverá arcar com fiança de R$ 1 milhão para garantir a liberdade.

Ao apresentar embargos de declaração contra a decisão, o Ministério Público pede que a decisão seja revista. A defesa de João de Deus deverá apresentar contrarrazões aos argumentos da promotoria.

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA ALBERTO TORON, QUE DEFENDE JOÃO DE DEUS:

Ainda não vi o recurso. Só após lê-lo é que poderei me manifestar.

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