O Ministério Público de São Paulo pediu hoje a prisão do bibliotecário Marcos Alexandre Martins, acusado de atropelar e matar Miriam Baltresca, 58, e a sua filha Bruna, 28, em setembro do ano passado. A Promotoria pede a prisão dele por 28 anos.
Na denúncia, o promotor relatou o caso como homicídio doloso qualificado porque as vítimas não tiveram chance de defesa e porque, segundo os policiais, o homem apresentava sinais de embriaguez. No dia do acidente, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro. A defesa nega que ele estivesse bêbado.
Miriam e a filha foram atropeladas na calçada depois de saírem do shopping Villa-Lobos, na zona oeste de São Paulo. O velocímetro do Golf dirigido pelo bibliotecário marcava 100 km/h após a batida.
Para a polícia, ele poderia estar numa velocidade ainda maior, caso tenha freado antes do acidente. A máxima permitida na pista da marginal é 70 km/h.
O advogado Roberto Zanetic Vidulic, que representou Martins por um período, afirmou que seu cliente foi fechado por uma moto e, em vez de pisar no pedal do freio, acelerou o carro.
Segundo a defesa, ele perdeu o controle do Golf. Vidulic saiu do caso no dia seguinte à prisão do bibliotecário. A reportagem não conseguiu contato com o novo defensor do bibliotecário.