Promotoria espera pena de 50 anos para réus do caso Richthofen

O promotor Roberto Tardelli apresentou sexta-feira o libelo-crime acusatório contra Suzane von Richthofen, Daniel e Christian Cravinhos, réus confessos do assassinato dos pais dela, Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002. Trata-se de uma denúncia consolidada, em que o Ministério Público Estadual (MPE) diz à Justiça exatamente quem será acusado do que no julgamento, a ser feito pelo Tribunal do Júri. Nessa peça jurídica é que são arroladas as testemunhas de acusação.

Os três são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado. As agravantes são motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel. "Espero que cada um pegue uns 25 anos de pena por homicídio, ou seja, pena de 50 anos", afirmou Tardelli. Como testemunhas, além de policiais e peritos, ele arrolou o tio de Suzane, Miguel Abdalla, e o irmão, Andreas. "O perito que fez o laudo necroscópico vai explicar, por exemplo, que  Marísia sofreu muito, levou uns quatro minutos para morrer". Ele pediu que esteja disponível no dia do julgamento tudo que foi apreendido durante o processo – desde fios de cabelo até a ficha de entrada do motel para onde foram Suzane e Daniel depois do crime.

O próximo passo é que os réus sejam intimados, em dez dias. A intimação deve ser feita pessoalmente para cada réu. Ou seja, um oficial de Justiça terá de ir até onde Suzane está. Agora, os advogados dela, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, e dos Cravinhos, Geraldo Jabur, terão prazo para apresentar a chamada contrariedade. Eles vão informar à Justiça a tese que defenderão perante o júri. Depois disso, o juiz marcará a data do júri. Promotoria e defesa só podem acrescentar fatos novos até três dias antes do julgamento. No júri, o réus podem ficar em silêncio e até mentir. Pela lei, não podem ser obrigados a produzir prova contra si.

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