O Ministério Público do Rio de Janeiro criou o Grupo Especial de Combate a Homicídios de Mulheres (GECOHM) para reduzir a violência de gênero no Estado. Uma das metas é mapear os crimes que se enquadrem em feminicídio – qualificadora aplicada a homicídio por razões da condição de sexo feminino.

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Dados do Dossiê Mulher 2016, do Instituto de Segurança Pública (ISP), revelam que 49,3 mil mulheres foram vítimas de lesão corporal dolosa no Rio, em 2015; 642 sofreram tentativa de homicídio; 360 assassinadas.

As informações foram divulgadas pelo Ministério Público do Rio nesta terça-feira, 11.

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A iniciativa foi proposta pelo Centro de Apoio Operacional da Violência Doméstica da Promotoria e pretende cumprir a meta de redução do crime de feminicídio estabelecida pela Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp). A metodologia foi aprovada em março deste ano pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

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A coordenadora do Centro de Apoio, promotora de Justiça Lúcia Iloízio, afirma que o trabalho será feito em parceria com as Delegacias de Homicídios (DHs), responsáveis pelos inquéritos que apuram crimes que resultaram em morte.

Em uma primeira etapa, o grupo concentrará as forças na resolução de casos de feminicídio. Em seguida, a atuação será expandida para crimes de tentativas de homicídio e outras violências, como estupro e lesões corporais.

Em auxílio às Promotorias de Justiça, o Grupo de Combate a Homicídios de Mulheres também poderá requerer diligências investigatórias e medidas protetivas a vítimas e familiares.

Além das coordenadoras do Centro de Apoio, o grupo é formado por outras quatro promotoras – duas lotadas na 3ª Central de Inquéritos (Baixada Fluminense) e as outras na 2ª Central (Niterói e São Gonçalo).