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Projeto prevê fim das palmeiras exóticas no Parque Trianon

As palmeiras do Parque Trianon, no coração da capital paulista, estão com os dias contados. Um projeto da Prefeitura de São Paulo prevê a retirada de 700 árvores de uma espécie de origem australiana. Considerada invasora, a Archontophoenix cunninghamiana (seafórtia) deverá ser substituída por árvores nativas da Mata Atlântica.

A proposta foi aprovada no ano passado pelo conselho gestor do parque e agora deverá sair do papel. Estudos conduzidos pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) identificaram que as árvores gringas estavam “sufocando” as brasileiras no parque, um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica na capital paulista.

Uma empresa será contratada para fazer o corte de 700 palmeiras grandes – com mais de cinco metros de diâmetro – e plantio de novas mudas. A proposta é que os cortes ocorram aos poucos, em pequenos lotes. As árvores retiradas serão levadas para um aterro, para evitar que se reproduzam novamente em outros parques. A recomposição no Trianon deverá ser feita com 300 mudas de 85 espécies brasileiras como pitangueiras, araçás e jequitibás. O projeto tem duração prevista de dois anos.

O resultado da licitação para a contratação da empresa responsável pelo manejo saiu nesta semana e as primeiras retiradas devem ocorrer dentro de um mês, segundo a SVMA. Para o projeto, serão destinados R$ 1,8 milhão do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Fema).

Vistosa, a palmeira australiana foi introduzida no Brasil para compor o paisagismo e se adaptou ao ambiente. A história de como foram parar no Trianon é incerta – uma das hipóteses é de que sementes de exemplares em jardins da região tenham sido levadas por pássaros. Outros parques também têm palmeiras australianas, mas, segundo a pasta, em proporções menores.

“Não temos raiva da palmeira australiana”, diz Dulce Moraes, do conselho gestor do Trianon. “Mas um ecossistema frágil, como o Trianon, precisa de um cuidado especial e infelizmente essa espécie criou um descontrole.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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