O programa “Voa Brasil”, que pretende oferecer passagens aéreas a R$ 200 por trecho, pode começar a sair do papel em fevereiro. Segundo “O Globo”, nos próximos dias, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se reúne com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar o programa. Inicialmente deverá valer para aposentados e pensionistas que não tenham voado nos últimos 12 meses e alunos inscritos no ProUni.
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O ministro negociou com as três principais empresas aéreas – Azul, Gol e Latam -, que juntas tem 99,5% de participação de mercado, cerca de 6 milhões de passagens aéreas para este ano. O preço será fixo para qualquer cidade, mas no período inicial nem todos os destinos no Brasil serão incluídos.
A expectativa inicial do governo era ter lançado o programa em agosto. Um dos motivos do adiamento foi um pedido do presidente Lula, que queria incluir outras vantagens para o setor turístico. Também houve troca de ministro neste intervalo de tempo.
Especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo apontam que o programa embute riscos: aumento de preços para os demais passageiros, para bancar o barateamento de parte das passagens; o desestímulo à concorrência e à eficiência e a criação de uma relação “perigosamente próxima” entre o governo e as grandes companhias.
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Uma alternativa para fazer frente aos aumentos nos preços das passagens aéreas, que acumularam alta de 36,45% nos 12 meses encerrados em novembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi lançada em dezembro. As companhias de aviação anunciaram um plano para oferecer 25 milhões de passagens aéreas por preços entre R$ 699 e R$ 799.