Os professores e demais profissionais da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro discutirão em assembleia no próximo dia 12 a possibilidade de recorrer à Justiça contra o governo Luiz Fernando Pezão (PMDB) para cobrar prejuízos decorrentes do atraso no pagamento dos salários.

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“Os servidores sempre receberam no terceiro ou quarto dia útil. Muitos têm dívidas parceladas que vencem nos primeiros dias do mês, planejadas de acordo com a data em que costumavam receber. Como agora só receberão no dia 12, muitos não terão dinheiro pra quitar as dívidas na hora certa”, disse o secretário de Finanças do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ), Danilo Serafim. Segundo ele, aposentados já procuraram o sindicato para reclamar. “Ainda vamos debater, mas provavelmente pediremos o ressarcimento desse prejuízo”, diz.

O Sepe-RJ já recorreu à Justiça para cobrar do Estado o pagamento integral da segunda parcela do 13º salário, mas a Justiça negou decisão provisória favorável. Agora será analisado o mérito do pedido. “O pagamento deveria ocorrer até 20 de dezembro passado, mas o Estado decidiu dividi-la em quatro parcelas. Quem quiser receber a íntegra precisa fazer um empréstimo no Bradesco, mas, se o governo não pagar, o nome que vai para o Serviço de Proteção ao Crédito é o do servidor. O valor total já é pequeno, porque estamos falando da metade do 13º. Dividido em parcelas e considerando a inflação, então, é praticamente nada.”

A assembleia foi marcada para o dia 12 para que os servidores decidam já sabendo se realmente receberam o salário – cujo pagamento é previsto para aquele dia. “O governo anunciou o pagamento de todos os salários no dia 12, mas há boatos de que serão pagos apenas os vencimentos até R$ 2.000. Queremos estar reunidos nesse dia inclusive pra verificar se todos receberam”, disse Serafim. A Secretaria Estadual da Fazenda nega a hipótese de escalonamento do pagamento. Segundo a pasta, todos os salários referentes a dezembro serão quitados.

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Em 3 de fevereiro haverá outra assembleia, desta vez com a participação de servidores estaduais de todas as áreas, como saúde, educação e segurança. Poderá ser decidida uma greve geral.

Em decorrência de ordem judicial, os salários de funcionários do Poder Judiciário e do Ministério Público foram pagos em 30 de dezembro. Segundo a Fazenda, com a Justiça foram gastos R$ 161,85 milhões com servidores ativos e R$ 92 milhões com inativos. Com o Ministério Público, o gasto foi de R$ 64 milhões com ativos e R$ 17,19 milhões com inativos. O Estado prevê pagar todos os salários de janeiro, inclusive da Justiça e do Ministério Público, em 11 de fevereiro.

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