Os professores da rede estadual de São Paulo aprovaram a continuidade da greve, que caminha para ser a mais longa da categoria no Estado de São Paulo. O ato já chegou a 75 dias – foi aprovado no dia 13 de março e a paralisação teve início no dia 16. A maior greve dos professores foi em 1989, quando os docentes pararam por 80 dias.

continua após a publicidade

Os professores estão reunidos no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, e deverão seguir em passeata por vias centrais da capital até a Praça da República.

A aprovação ocorre em um momento de enfraquecimento da paralisação. No início da semana, a Apeoesp, principal sindicato da categoria, reconheceu que a adesão dos professores caiu pela metade e está em 30%. Já o governo Geraldo Alckmin (PSDB) fala que os faltosos não passam de 5%.

O motivo, segundo o sindicato, foi o corte de ponto dos grevistas, que estão desde maio sem receber salário. O sindicato recorre dos descontos no Supremo Tribunal Federal (STF).

continua após a publicidade

Os professores pedem reajuste de 75,33% para equiparação salarial da categoria a outras profissões com ensino superior. A meta é prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado em 2014 pela presidente Dilma Rousseff, e deve ser cumprida nos próximos seis anos. O objetivo do PNE é orientar ações nos Estados e municípios, que devem aprovar planos próprios. Hoje o piso da categoria é de R$ 2.400, para una jornada de 40 horas.

O governo estadual afirma que só vai falar em reajuste no mês de julho. Para minimizar a greve, ofereceu benefícios aos docentes temporários, como acesso ao plano de saúde dos servidores públicos (Iamspe).

continua após a publicidade