Os professores da rede privada de ensino de Pernambuco entraram em greve por tempo indeterminado nessa quarta-feira, 5, após uma assembleia geral da categoria na capital Recife e nas cidades de Caruaru, Petrolina e Limoeiro. De acordo com levantamento prévio do Sindicato dos Professores em Pernambuco (Sinpro-PE), em média 70% das escolas particulares estão parcialmente paralisadas e 300 mil alunos estão sem aulas. A expectativa da entidade é de que nos próximos dias a greve atinja 80% dos colégios, afetando mais de 500 mil estudantes.
Os docentes reivindicam um reajuste salarial de 10% e a unificação do piso salarial no Estado em R$ 12,00 por hora/aula. Também estão na pauta da categoria plano de saúde, vale-alimentação para os professores que trabalham em dois períodos na mesma escola e uma bonificação para a compra de livros.
“Não queremos apenas aumento salarial, lutamos pela manutenção e ampliação de conquistas que garantam um ambiente saudável e com boas condições de trabalho”, afirmou o coordenador geral do Sinpro-PE, Jackson Bezerra. O sindicato disse que tomou a decisão pela paralisação porque não há diálogo com as instituições de ensino.
Procurado pela reportagem, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE) não confirmou o número de escolas afetadas pela greve, mas explicou que as paralisações acontecem de maneira parcial. O presidente da entidade, professor José Ricardo Dias Diniz, não concedeu entrevista por estar em audiência com os professores, segundo o sindicato.