São Paulo (ABr) – Os professores da rede federal de ensino superior, que estão em greve há 47 dias, iniciaram ontem discussão, em assembléias, de nova contraproposta de reajuste salarial a ser apresentada na próxima rodada de negociações com o governo, marcada para amanhã. Na sexta-feira passada, o Ministério da Educação anunciou um reajuste de 25%, que será possível com a liberação de R$ 500 milhões, autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O vice-presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Paulo Rizzo, alertou, no entanto, que o percentual de aumento não é linear, nem será concedido de imediato. "Só deve ocorrer em alguns casos isolados e atinge apenas os profissionais que tiveram evolução na carreira", disse Rizzo. Mesmo assim, prevê teto máximo de 20% para os que conseguiram mudar de uma classe para outra.
Ele explicou que existem quatro classes: professor auxiliar (graduado); professor assistente (com título de mestrado); professor adjunto (com título de doutorado) e as titulações por concurso. "O governo criou uma boa perspectiva", acrescentou Rizzo.