O professor de Química Italo Souza Gatto, de 37 anos, foi baleado na cabeça, por volta das 7h de ontem (16), quando saía de casa com sua mulher e seu filho de nove meses, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele havia acabado de retirar o carro da garagem e voltou para fechar o portão, na Rua Doutor Otávio Áscoli, no bairro Vila Centenário, quando bandidos em fuga efetuaram disparos contra uma viatura da Polícia Militar. A vítima foi atingida por uma bala perdida na cabeça. A mulher e o bebê nada sofreram. A rua é próxima a duas favelas dominadas por traficantes de drogas.

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Parentes do professor contaram que inicialmente ele foi levado ao Hospital Moacyr Rodrigues do Carmo, administrado pela Prefeitura de Duque de Caxias, mas não havia tomógrafo (equipamento indispensável para avaliar a gravidade da lesão cerebral). Em seguida, ele teria sido transferido para o Hospital Adão Pereira Nunes, administrado pelo governo do Estado, que também estaria sem o equipamento disponível.

Por fim, Gatto foi internado no Hospital de Clínicas Mário Leoni. A unidade, que é particular, informou nesta segunda-feira (19) que o estado de saúde do professor é gravíssimo. Ele está em coma induzido e respira com auxílio de aparelhos.

O caso está sendo investigado pela 59ª Delegacia de Polícia (Caxias). Até a manhã desta segunda (17), ninguém havia sido preso.

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Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que “não procede a informação de que o tomógrafo (do Hospital Adão Pereira Nunes) esteja quebrado. Ontem (16), um pico de luz registrado na região restringiu o funcionamento do tomógrafo, mas a situação foi normalizada no mesmo dia”. A Prefeitura de Duque de Caxias ainda não se manifestou sobre a falta de tomógrafo no Hospital Moacyr Rodrigues do Carmo.