O ex-campeão brasileiro de taekwondo, Edgar Guimarães, de 35 anos, foi preso sob acusação de estupro da menor M.L.S, de 15 anos de idade, sua aluna em projeto social de iniciação esportiva, no Centro Olímpico de Aparecida de Goiânia (GO). Edgar, atual técnico da Seleção goiana de taekwondo, venceu seguidamente o Brasileiro da modalidade de 1994 até 1998.

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De acordo com Myriam Vidal de Castilho, delegada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o atleta foi preso hoje, no interior do hotel cinco estrelas, onde trabalha como chefe de segurança, em Goiânia (GO). Não ofereceu resistência. Na delegacia, prestou depoimento assistido por dois advogados, negou ter estuprado a menina e afirmou ter tido “relações sexuais consentidas” com ela. O caso, explicou a delegada, ocorreu no mês de agosto. Mas veio à tona, quatro meses depois, pela denúncia dos pais.

Eles relataram à delegada que, após três tentativas de suicídio, mutilações no corpo, resistência em tomar banhos ou dormir na cama, foram aconselhados, pelo professor de artes marciais, a internar a menina numa clínica psiquiátrica. A história mudou quando foram alertados, por uma colega de M.L.S., sobre a ocorrência do estupro. “O professor disse que minha filha estava ficando louca”, disse o pai na delegacia. “Até arrumou vaga no hospital para interná-la”, revoltou-se a mãe.

“Nos últimos três anos, ela foi aluna dele”, disse a delegada Myriam Vidal. “Mas sob a desculpa de tirar uma foto oficial da equipe, ao lado do prefeito de Aparecida, atraiu a garota para uma cilada no motel”, relatou. A delegada, que na semana passada prendeu um catequista que violava sistematicamente as duas filhas, revelou ter as investigações policiais indicado a existência de outras supostas vítimas do professor de taekwondo. Afirmou, ainda, que a mulher do professor esteve na Delegacia. Mas não para visitar e sim para agradecer a prisão do marido. Justificou dizendo ter passado, ela e duas filhas, “anos de sofrimento” ao lado do atleta.

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