A assessoria do procurador da República de Marília (SP), Célio Vieira da Silva, informou hoje (2) que não há nenhuma restrição para que os advogados de defesa de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente licenciado da Força Sindical e candidato à vice na chapa do presidenciável Ciro Gomes (PPS), tenham acesso aos autos do processo que investiga suposto superfaturamento na compra, com dinheiro público, da Fazenda Ceres, utilizada para assentamento de sem-terra no município paulista de Piraju.
Na ocasião da compra da fazenda, Paulinho era presidente da Força Sindical, entidade que desenvolveu o projeto do assentamento.
Paulinho deveria depor hoje em Marília, mas seu advogado enviou ofício ao procurador pedindo o adiamento do depoimento. No ofício, o advogado afirma que seu cliente ainda não teve acesso aos autos e não sabe que tipo de esclarecimentos deve prestar.
?O processo é sigiloso e algumas peças do autos podem ter acesso restrito, mas o direito dele de conhecer o processo está assegurado?, informou a assessoria do procurador. ?O procurador também pede para lembrar que o senhor Paulo Pereira não está sendo acusado de nada, e é chamado para depor apenas na condição de testemunha.?
O procurador ouve, desde o início da manhã de hoje, outras oito testemunhas do processo, entre elas os ex-proprietários da fazenda, Afonso Suniga e Joaquim Fernando Suniga. Os depoimentos devem acabar no final da tarde.
